Postagens Atrasadas

Os que acompanham o blog puderam notar que ultimamente não tenho postado muito.Motivo?Quem liga?
Preguiça!Exato, a preguiça me consumiu de tal forma, que não tenho tido ânimo para postar ;D
Não se preocupe, Continuarei no mesmo ritmo, sem postar merda coisa nenhuma, a não ser ocasionalmente, quando tiver vontade.FDP!!
Se quiser algo que realmente é atualizado diariamente, aqui está.
Ou vá se masturbar praticar esportes e não deixar a bunda! as nádegas quadradas.
Ou melhor! Ver os vídeos do Felipe Neto.
Tenha um bom resto do dia.

Palavras que você nunca mais vai querer usar

Posted: sábado, 10 de abril de 2010 by Lucas Passos in Assuntos de: , , ,
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Sendo ou não um amante da música brasileira, certamente você conhece “Asa Branca”, famosa canção de Luiz Gonzaga em parceria com Humberto Teixeira. Estou falando daquela que diz assim: “Eu perguntei a Deus do céu/ Por que tamanha judiação”. Lembrou? A judiação mencionada na música do Rei do Baião é a seca que assola o sertão nordestino, deixando-o “qual fogueira de São João”. Bonito e tocante. Mas há quem diga que o substantivo feminino judiação é politicamente incorreto e deveria ser evitado. Por quê? Porque, embora o sentido atual mais empregado seja o de fazer de alguém alvo de escárnio ou de maus-tratos, o sentido original do termo é ato de judiar, ou seja, judaizar, adotar práticas judaicas. Como se vê, no sentido original (ou etimológico, como diria um estudioso), judiar e seus derivados embutem um preconceito em relação ao povo judeu. Portanto, o melhor é buscar um sinônimo –no caso da música, caberia muito bem a palavra sofrimento. Como esta, há algumas palavras que deixaríamos de empregar, se tomássemos conhecimento de seu sentido original.

Denegrir

Eis mais um exemplo de palavra politicamente incorreta: o verbo denegrir (ou denigrir), do qual se origina o adjetivo denegrido (ou denigrido). Geralmente, empregamos este verbo em referência a mancha na reputação de alguém: “O senador teve sua honra denegrida pela imprensa”. E sabe qual o sentido original da palavra? Acertou em cheio: tornar negro. Ora, o preconceito racial é evidente: se é negro, não é bom.

Mulato

Outro exemplo é mulato, substantivo masculino que empregamos para nos referir a pessoa mestiça, nascida de pai branco e de mãe negra (ou vice-versa). Mas o sentido original contém um sério preconceito racial: é uma referência à cor da mula, fêmea do mulo, híbrido resultante do cruzamento de cavalo com asna ou de asno com égua. A palavra mulato surgiu na primeira metade do século 16, quando os negros eram escravizados e tratados como animais. Filhos de pais brancos e mães negras eram comparados àquele animal de carga.

Coitado

Para completar a lista, vem alguém e diz que a palavra coitado – que geralmente usamos em referência a alguém infeliz, desventurado– também não pega nada bem. Sabe por quê? Porque, na origem, ela seria aparentada com a palavra coito, que significa cópula, ato sexual. Trocando em miúdos, quando chamamos alguém de coitado, estaríamos dizendo que o dito cujo teria sido vítima de coito –daí, a infelicidade do sujeito. Mas não é nada disso. A semelhança de grafia, muitas vezes, pode induzir a erros. Se dermos uma olhadinha no dicionário, veremos que o adjetivo e substantivo masculino coitado é derivado do verbo coitar, que significa desgraçar, magoar. Este mesmo verbo está na raiz do substantivo feminino coita, termo arcaico que quer dizer dor, aflição, desgosto. Dito isso tudo, só espero que você não entre em parafuso e deixe de usar certas palavras por desconfiar de algum sentido pouco conhecido. Em caso de dúvida, o melhor a fazer é recorrer ao dicionário. E o que fazer com a “Asa Branca” de Gonzagão? Mudar a letra? O melhor a fazer é deixá-la como está, consagrada que é como pérola de nossa música popular, ou não?

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